A coluna de qualquer quadrilha é a diretoria e em tempos difíceis onde colocar uma quadrilha em quadra não é pra qualquer um, montar uma diretoria disposta a enfrentar todos os desafios não seria nem um pouco fácil. Mas se queríamos mesmo por o projeto dos sonhos em prática, tínhamos que ir a luta e buscar montar essa diretoria. E saímos em plena tarde na cara e na coragem. Somos em todos os conhecidíssimos ícones do São João de nossa cidade. Buscamos em todos os bairros, em todos os empregos, em todas casas e conseguimos expor nossa proposta. Em quase todos que convidávamos achava que nosso projeto era bom, forte, porém quase impossível. Bom, unir os principais quadrilheiros e antigos rivais em uma só quadrilha não seria uma tarefa fácil e de fato poucos colocaram fé.
Apesar da pouca fé dado ao nosso projeto, encontramos pessoas que comungavam da nossa proposta e paralelamente já pensava em criar um novo grupo nesses moldes. Renato Almeida e Canizio tinham essa ideia em mente e já pretendiam por em prática. Lembro-me que em um ensaio da Paixão Junina na quadra do Sesi, Renato com toda sua extravagância apontava falhas claras a atual situação da nossa cidade, com isso vimos que juntos seriamos muito mais fortes. Parte então daí a união de ideias mais desunidas do São João. Unidas por um só propósito e desunidas pela tão gritande diferenças de personalidade nem trio tão maluco que se formara. Não assustem com minha matemática, em minha contabilidade não incluo a participação do Canizio. Isso se vale não por sua ausência, mas pela participação um pouco tímida no inicio do projeto.
Quase um semana catando sementes para plantar nossa ideia na cidade. Em todos os lugares, os mais variados artistas. Até que juntos marcamos nossa primeira reunião da diretoria.